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Falta menos de um mês para estréia da TV Digital no Brasil

November 8

Dia 2 de dezembro começam em São Paulo as transmissões do sinal digital de televisão. A data marca o começo de uma nova era da televisão no Brasil e leva ao público um mercado que, segundo o Ministério das Comunicações, deve movimentar em torno de 10 bilhões de reais em 10 anos.

Depois dos investimentos em pesquisas, fabricantes de equipamentos e emissoras de TV começaram os trabalhos de fabricação de dispositivos e adaptação das ferramentas de produção e transmissão do sinal.

A Samsung ainda não definiu o preço de suas ofertas, mas adianta que as televisões que serão oferecidas, de LCD e full HD de 40 e 52 polegadas, terão preço entre 10% e 15% maiores do que custam os modelos sem os receptores embutidos, que são de 6.299 reais e 12.999 reais, respectivamente.

A LG, por sua vez, vai oferecer uma TV de plasma de 60 polegadas por 19.999 reais, com 1.920 por 1.080 pixels de resolução e, segundo a empresa, tem sintonia automática de canais (181 canais).

A Semp Toshiba vai colocar dois receptores (set up box) no mercado. Um simples, ao custo de 800 reais, e um mais completo com saída HDMI (high definition multimedia interface) para televisores com som dolby digital 5.1, que deverá custar em torno de mil reais.

Outra companhia que vai brigar por esse mercado é a Tectoy, que vai comercializar um receptor móvel de TV digital que pode ser conectado a microcomputadores de mesa e notebooks. Segundo a empresa, é compatível com Windows XP e Vista e o preço sugerido de 369 reais.

Os aparelhos de TV da Sony têm resolução de 1.920 x 1.080 linhas, sensor de luz para ajuste do brilho da imagem de acordo com a luz ambiente e entrada para PC. O preço sugerido para a TV de 40 polegadas é de 6.999 reais e a de 52 polegadas, 12.999 reais.

O receptor oferecido pela japonesa será importado, custa 999 reais e, caso o sinal digital sofra transformações, a empresa garante atualização do software do equipamento sem custo adicional.

As emissoras, por sua vez, também estão adaptando suas ferramentas e práticas. A Rede Globo não revela seus investimentos, mas fontes indicam que a empresa deve aplicar, nos próximos três anos, cerca de 200 milhões de reais.

A Record diz ter aplicado em novos recursos 50 milhões de reais, enquanto a Bandeirantes e a Gazeta falam em 40 milhões de reais e a Cultura, 12 milhões de reais.

Em relação à interatividade, ainda não se sabe que estará ou não fazendo parte dos produtos até o dia da estréia oficial do novo padrão de TV. De acordo com Guido Lemos, um dos criadores do software Ginga, responsável pelo recurso de “comunicação” entre emissoras e espectadores, muitas empresas estão trabalhando para lançar o Ginga comercialmente, mas ainda não se pode dizer se ele fará ou não parte da festa.

O que não resta dúvida, segundo as fontes, é que o sistema permite mais interatividade do que o oferecido por padrões de outros países. De acordo com Luciano Leonel Mendes, do grupo de pesquisas de comunicação sem fio do Inatel, a interatividade praticada na maioria dos outros países é a chama carrossel.

“É aquela em que o usuário não envia dados para a emissora. Na verdade, envia continuamente os dados para todos os usuários e quem quiser os acessa por meio de um comando do controle remoto”, diz. Por aqui, se promete mais.

O CPqD já está realizando demonstrações de um sistema para pagar contas pela TV; o ministério da Educação – por meio da Secretaria de Ensino a Distância – planeja oferecer apoio de aulas exibidas em seus canais educativos, e até as emissoras pesquisam tipos de novos programas para aproveitar os recursos de interação.

O número de espectadores registrados nos primeiros meses, ainda nenhuma empresa ou órgão ousou estimar. O que se sabe é o planejamento do governo para a estréia em cada cidade, estado e região.

Fonte: Por Nando Rodrigues, da PCWorld, 8 de novembro de 2007

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