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Panasonic engolirá Sanyo e reforça gigantismo mundial

November 14

A Panasonic anunciou nesta sexta-feira que vai adquirir a rival de menor porte Sanyo, criando a maior fabricante de eletrônicos do Japão. O acordo prenuncia uma consolidação futura de um setor atingido pela desaceleração de demanda dos consumidores.

A aquisição, estimada por analistas em 8,8 bilhões de dólares, fortalecerá a Panasonic no segmento de baterias recarregáveis e equipamentos de energia solar, duas áreas com forte potencial de crescimento.

A Panasonic também se tornará o segundo maior conglomerado mundial detentor de uma grande divisão de eletrônicos, atrás da General Electric, reafirmando sua estratégia de impulsionar lucros por meio de entrada em novos mercados e ampliação de escala.

"Como resultado desta fusão, a Panasonic se tornará uma empresa enorme, a Toyota do mundo dos aparelhos eletrônicos, e isso será bom", disse Nagayuki Yamagishi, estrategista do Mitsubishi UFJ Securities.

A Panasonic não informou quanto planeja oferecer por cada ação da Sanyo, mas Koya Tabata, analista do Credit Suisse, estimou esta semana que a Panasonic pode oferecer até 140 ienes por papel da Sanyo, avaliando a empresa em até 862 bilhões de ienes (8,8 bilhões de dólares).

Anteriormente conhecida como Matsushita Electric, a Panasonic, maior fabricante de televisores de plasma do mundo, tem interesse na Sanyo devido à sua posição de liderança no segmento de baterias recarregáveis, que são amplamente utilizadas em telefones celulares, computadores, tocadores de música e, cada vez mais, em automóveis elétricos.

A Panasonic tem uma parceria de baterias para veículos elétricos com a Toyota Motor, enquanto a Sanyo oferece baterias de níquel metal hidreto para a Ford e para a Honda, além de desenvolver baterias de íon de lítio para automóveis com a Volkswagen.

A compra também possibilitará que a Panasonic entre no mercado de energia solar. A Sanyo é a sétima maior fabricante do mundo de células fotovoltaicas, atrás de rivais como Q-Cells, da Alemanha, Sharp e a Suntech Power, da China.

Fonte: Reuters (07/11/2008)

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