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Indústria de eletrônicos aposta na convergência de produtos

November 11

A palavrinha da moda no mundo mais avançado da tecnologia nem é tão moderna assim: convergência. A primeira tentativa de integrar aparelhos e tecnologias (celular e câmera, por exemplo), no início dos anos 2000, foi muito bem-sucedida. Tanto que a nova tendência deixou de ser charme para se tornar estratégia de venda.

– Houve a competição para fazer a maior TV do mundo. Depois, para fazer a mais fina. Foi importante, mas deixou de ter lógica. A idéia agora é como usar o seu produto e deixar a vida mais fácil – diz o diretor de promoção da Panasonic, Hiroshi Nakamura.

O discurso do diretor de network digital Yoshiyuki Miyabe, um dos principais executivos da empresa, é o mesmo.

– É com a convergência que vamos fazer diferença no mercado – afirma.

E com quantos aparelhos se faz a versão 2.0 da convergência? Bem, o número de aparelhos é indefinido, mas o de fios é certo: nenhum.

Os cinco dias de Ceatec 2008, uma das três maiores feiras de tecnologia do mundo – ao lado da Cebit, na Alemanha, e da CES, nos Estados Unidos –, realizada no início do mês em Tóquio, abandonou as vedetes. Claro, estavam lá a superlativa tevê de plasma de 150 polegadas da Panasonic, e o Robotic Agent, da Nissan, o mais ativo e falante co-piloto do mundo. Mas, desta vez, as estrelas deram lugar aos conceitos: nunca houve uma feira tão móvel e tão wireless.

A supertevê de plasma, estampada na parede da sala de estar, conversa com sua irmã menor, no quarto, e com a caçula, pequenina, no banheiro. Todas estão conectadas ao celular e ao visor no painel do carro. Dessa forma, se você está assistindo a um programa na sala e precisa correr para o banheiro, e em seguida pegar o carro, ou mesmo o metrô, não perderá seu programa de TV preferido. O programa, o filme em Blu-ray, o vídeo caseiro das férias ou um slide de fotos, tanto faz. Porque todos os aparelhos (da filmadora ao Blu-ray player) se comunicam entre si. Sem fios, claro.

Assim, não é estranho que os principais lançamentos da Sony na feira tenham sido monitores de tevê ultrafinos, com 0,3 milímetro de espessura e tela de 11 polegadas. A idéia é espalhar essas minitelas em locais não usuais, como banheiros e áreas de serviço, pendurando-as na parede como se fossem um quadro.

Se Sony, Panasonic, Toshiba, Sharp e Hitachi, especialmente, se aprimoram para integrar os itens das suas recheadas cartelas de produtos, outras, mais focadas em nichos, também começam a convergir o que é possível. A Pioneer, especializada em aparelhos de som, levou à Ceatec seu primeiro modelo de TV LCD, produzida em parceria com a Sharp. O objetivo? Unir um poderosíssimo sistema de home theater, que a Pioneer domina, com o know-how em tevê da Sharp.

Nesse aspecto, a convergência faz bem à estrutura das duas companhias.

Fonte: Site ClicRBS (20/10/2008)

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